Com a proximidade dos jogos da Copa de 2014, que serão realizados no Brasil, muita gente está perguntando se os estádios ficarão prontos a tempo, se os aeroportos e hotéis vão comportar todo mundo, se o trânsito não vai dar um nó, se a chuva não vai atrapalhar a mobilidade nas cidades... enfim. E o lixo? Alguém sabe dizer se o descarte do lixo desse grande evento vai suprir as necessidades? Já existe alguma iniciativa para dar prioridade a esse mundaréu de entulho, que ficará depois do show das bolas, para o brasileiro dar conta?
Bem, de acordo com estatísticas da CEMPRE REVIEW 2013 (Compromisso Empresarial para Reciclagem) os resultados são positivos e apontam que o país está indo para o caminho certo.
Para se ter uma ideia do cenário atual, o estudo mostra que a produção de lixo no Brasil é de 193.642 toneladas por dia. Sendo que mais de 24 mil toneladas deixam de ser coletados e são descartados irregularmente. O lixo regular é coletado em até 87,4% das casas.
Estudos do IPEA dizem que o país perde R$ 8 bilhões de reais por ano com o descarte errado de resíduos que podem ser reutilizados.
Nas projeções para a Copa do Mundo de 2014, a LCA Consultoria estima que nas cidades sede (responsáveis pela produção de 35% dos resíduos sólidos urbanos do País - 91 mil tonelada/dia), o Brasil registrará benefício econômico de R$ 1,1 milhão ao dia, isso se 90% da população dessas cidades for atendida pela coleta seletiva. Mantendo essas projeções, em 2014 o percentual de resíduos recicláveis pode saltar dos atuais 27% para 32,2%.
Sobre iniciativa, o BNDES teve uma. Ofereceu aos municípios sede doação de dinheiro para os projetos de reciclagem, contanto que o governo local invista a mesma quantidade que o banco. O Rio de Janeiro foi o primeiro a aderir, em 2011, assinando um contrato de R$ 50 milhões.
Pelo sim e pelo não, os responsáveis devem ficar atentos a essa destinação do lixo, não só nos eventos de grande porte como para a vida toda. Que essas iniciativas de reciclagem fiquem também de legado e não só os lindos estádios.
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