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País joga dinheiro no lixo


Segundo informações da Frente Parlamentar de Incentivo à Cadeia Produtiva da Reciclagem, o Brasil está jogando fora cerca de R$ 8 bilhões. Esse valor é o mesmo que o do orçamento para os custos das obras nos estádios para a realização da Copa do Mundo. O desperdício de materiais recicláveis é vergonhoso já que os mesmos, se fossem tratatos, além de amenizarem os impactos no ambiente também contribuíriam para uma melhora social.

Exemplo disso é o paulista Wilson Quintella Filho de 55 anos. Ele é dono da maior empresa de saneamento ambiental do Brasil com faturamento no ano de 2011 de R$ 1,2 bilhão. A empresa tem cerca de 5.000 funcionários e explora aterros sanitários até na Colômbia e Argentina. O meio ambiente agradece pois a empresa de Wilson processa 14 milhões de tonelada/ano de lixo (cerca de 25% do total coletado nas cidades do Brasil).

Existe um Projeto de Lei n° 6146/13 que admite a pessoas físicas e jurídicas a aplicar parte do Imposto de Renda em projetos ambientais. Unidades de conservação, educação ambiental e certificações e projetos urbanísticos sustentáveis são alguns dos programas que esse projeto orienta a doação e patrocínio.

Lixo eletrônico – Segundo dados da ONU, o volume de lixo nos últimos dez anos triplicou, principalmente com o consumo de dispositivos eletrônicos. Seguido do México e da China (0.4 kg/cap·ano), o Brasil (0.5 kg/cap.ano) é o maior produtor per capita de resíduos eletrônicos entre os países emergentes, segundo o mais recente estudo da ONU sobre o tema. O Brasil também foi cotado como campeão em outro quesito: faltam dados e estudos sobre a situação da produção, reaproveitamento e reciclagem de eletrônicos: China, Índia, Argentina, Chile, Colômbia, Marrocos, África do Sul e até mesmo o México realizam e centralizam mais informações sobre a gestão de resíduos eletrônicos em seus territórios. 

NOTA: No RJ, o Programa Lixo Zero somente na primeira semana aplicou 467 multas. Nesse mesmo período, a redução de 34% nos resíduos jogados no centro da cidade mostram que as pessoas já começam a se mobilizar mas é preciso muito mais.

É um problema nosso e é nosso dever solucioná-lo. Faça sua parte e não acabaremos virando habitantes do lixo.

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